quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

E assim começa a reinar a dinastia


No princípio maniqueista de um universo criado e coordenado por dois seres antagônicos, que você pode chamar de Deus ou bem absoluto ou o diabo, o mal absoluto. Vemos que a linha tênue que separa a coordenação dos dois das rédeas do universo, é pura e simplesmente a noção do bem e do mal, conforme o principio relativo de cada termo.
Talvez por essa conjuntura bem dúbia do que é mal e do que é bem do ponto de vista de um pressuposto qualquer, podemos ter um exemplo bem claro a luz de um cidadão que passou por essa estreita linha entre o bem e o mal.
O empresário Odilon Filho, talvez consiga ser um expoente dessa teoria de que o maniqueísmo se instala rápida e fartamente, a feita que o poder deriva seu rumo de bombordo a boreste. Ontem sua empresa de beneficiamento de pescado em Calçoene foi lacrada pela polícia ambiental em conjunto com o BOPE, pelo crime ambiental de jogar rejeitos do benefiamento do pescado no aterro sanitário. Gerando assim multas distribuídas entre a empresa (2 mi), a prefeitura (90 mil) e dois agentes da prefeitura (1.300 por cabeça).
Tais alegações de crimes ambientais, são na verdade grandes chacota com o dinheiro público, quando na verdade existem questões mais emergenciais, de cunho de valorização da vida, do que o Ministério Público se preocupar com tripas e rabos de peixe, que por uma ideia leviana não podem ser despejados na única instalação de recebimento de lixo que  a cidade tem.
O Estado como um todo tem que se acostumar com a ideia da imiscuidade dos poderes. Que a obrigação do controle sanitário, parte é da iniciativa privada que produz o rejeito e parte do poder público que deve dispor de processo ou meio adequado para o destino final dos rejeitos. Não adianta a justiça soltar seus cães a ladrar, morder e uivar em cima do empresariado se nenhuma ação do executivo é desempenhada para dar o suporte necessário.
A pobre justiça cega, também não favorece o cidadão nas suas ações. Afinal em um Estado com tímidas indústrias e mesmo assim importantes por gerar empregos diretos e indiretos, essas industrias de pescado são vistas pela população regional como uma grande salvação ao desenvolvimento econômico de seu pedaço de chão. Mas juízes e promotores não tem nenhuma preocupação se empresas vão fechar, ou empregos vão desaparecer ou até mesmo empresários vão retirar seus negócios de terra tão atrasada.
Afinal nem promotores nem juízes, produzem algo que se sirva a não ser arrobas e arrobas de papel para suas falácias em um vernáculo que só eles fingem entender. Para eles pouco importa se o pior virá. Serão pagos do mesmo jeito.
Enfim entra o executivo na berlinda. Afinal Odilon Filho se beneficiou bastante no governo do PDT, ganhou contratos emergenciais e licitações, até se engraçou com o cobiçado restaurante do trapiche Eliezer Levy. Mas de lá teve seus teréns defenestrados como os de um criminoso. Fico imaginando o que ainda virá, pois a conhecer a forma de governar dos maniqueístas do PSB sei que muito ainda virá.
Só espero que a turma que hoje ocupa o poder, se lembre de que durante muitos anos, brigamos, batalhamos, fomos enjaulados, espancados como animais, afim de nos fazerem confessar um comunismo inexistente. Sentir na pele quando o poder do Estado é arbitrário e fere os direitos constitucionais da isonomia, já foi uma experiência válida pelo menos ao patriarcado do Governador.
A lição não se esquece...

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