Qualquer
economista por mais incipiente que seja, sabe que oscilações na economia são
fator presente em qualquer mercado aberto, seja ele emergente ou não. Talvez
Levy e Dilma tenham perdido essa aula por alguma sessão de panfletagem militante.
Por
isso, agora todos sofrem com as decisões equivocadas na politica econômica. A
comunidade europeia está aí para provar que até o bloco dos mais ricos do velho
mundo balançam o açaizeiro de vez em quando, como a Grécia que anda roendo um
caroço de pupunha neste momento.
Mas,
a derrocada na economia é um fato. Talvez até tão antigo quanto o mundo. Até na
Bíblia temos uma narrativa na história de José do Egito, que a terra farta dos
faraós passaria bonança e por grandes apertos no o tempo das vacas gordas e
magras.
Mas
para a administração petista dos últimos 13 anos a lição parece não ter sido
aprendida nem no catecismo. Afinal estamos entrando em uma época delicada em
que o governo Dilma anuncia um pacote nada popular, mas que não parece se importar
com o amanhã, já que não estamos em ano de eleição.
Para
equilibrar as finanças federais, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o do
Planejamento, Nelson Barbosa, anunciaram mais um grande baque na população
brasileira. Um pacote de “apertem os cintos o piloto sumiu” como nunca se viu
na história deste país.
Algo
dessa magnitude fez com que cada eleitor de Dilma mordesse a ponta da língua de
maneira famigerada ou até canibal com o anuncio nada animador do pacote de
medidas econômicas. Claro que muito dessas sandices fiscais e cortes até na
veia populista de Lula e Cia devem passar pelo congresso, que já não anda muito
feliz com o Palácio do Planalto. E ao contrario de Dilma, alguns parlamentares
tem ambições ao executivo municipal de seus estados no ano que vem.
Se
a intenção é superavitar os cofres do tesouro federal, a fórmula parece ser a
mais drástica possível sobre o brasileiro, já que o contribuinte direto e
indireto dos impostos será o maior financiador do ambicioso plano anunciado por
Levy.
Seria
até admissível que se o governo federal anunciasse um pacote impopular desse
calibre para dizer a população: “-Olha, tem que ser assim por que se não for
não teremos dinheiro para custear os serviços básicos, como educação, saúde e
previdência social”, poderia se ter certa complacência.
Mas
não é bem assim, pois a justificativa básica que veio junto com o pacote foi de
que isso tudo seria para manter a capacidade do governo ter um superávit viável
(aquele dinheirinho que se usa para pagar as dívidas do governo internamente) e
manter o PIB nada glorioso de menos de 1%.
Como
se já não bastasse a justificativa a grosso modo de rapelar o contribuinte para
pagar dividas de quem gastou desenfreadamente. Os cortes impactam diretamente
no serviço público já que reajuste para o funcionalismo em 2015 nem que vaca
tussa! Isso também vale para o ingresso no serviço público, já que uma das
medidas é suspender qualquer concurso nesse período.
Mas
o drama não para por aí, já que não só os funcionários públicos vão ficar com o
pires na mão. Estados e municípios também vão ter muita sudorese já que os
cortes impactam no PAC; Minha Casa, Minha Vida; na saúde e nos subsídios à
agricultura. Ou seja, é bom baixar a porta larga por que o brasileiro agora vai
entrar na era do “se me dão”.
A
pessoa física também terá surpresas quando for prestar contas com o leão, já
que a proposta milagrosa que parece ter sido escrita com a mesma caneta de Cristina
Kirchner com aval de Axel Kicillof, reajusta o IRPS (Imposto sobre o Rendimento
de Pessoas Singulares) que atualmente está com teto progressivo até 15% pode
chegar até insustentáveis 18%. Parece pouco, mas é quase 1/5 do que uma pessoa
recebe de rendimentos, faça as contas: de cada 30 dias trabalhados 6 você
devolve só em impostos diretos retidos na fonte, fora os impostos indiretos
sobre produtos de consumo e serviços.
Isso
sem falar das tendências milagrosas de Dilma e Levy que num ato messiânico
devem ressuscitar a CPMF (Contribuição Provisória sobre as Movimentações Financeiras)
que era apelidado de ‘imposto sobre o cheque’ e tinha a finalidade de
capitalizar a saúde, mas no final da quantas acabou servindo para engordar os
cofres da união e proporcionar a gastança que levou a tudo isso que vemos hoje
e agora volta para ratear a divida do governo federal entre todos os
brasileiros.
Como
o leite já está derramado, de nada adianta a equipe econômica tentar aprender
alguma coisa com a história de José do Egito e as suas vacas magras e gordas. O
jeito agora é Dilma por o véu de carpideira, colocar o evangelho debaixo do
braço e torcer para que não estejamos vivendo o princípio do Apocalipse, já que
as bestas (no sentido de otário mesmo!) estão soltas e prontas para contribuir
com os impostos.
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