sábado, 12 de dezembro de 2015

As sete vacas do PT

Qualquer economista por mais incipiente que seja, sabe que oscilações na economia são fator presente em qualquer mercado aberto, seja ele emergente ou não. Talvez Levy e Dilma tenham perdido essa aula por alguma sessão de panfletagem militante.

Por isso, agora todos sofrem com as decisões equivocadas na politica econômica. A comunidade europeia está aí para provar que até o bloco dos mais ricos do velho mundo balançam o açaizeiro de vez em quando, como a Grécia que anda roendo um caroço de pupunha neste momento.

Mas, a derrocada na economia é um fato. Talvez até tão antigo quanto o mundo. Até na Bíblia temos uma narrativa na história de José do Egito, que a terra farta dos faraós passaria bonança e por grandes apertos no o tempo das vacas gordas e magras.

Mas para a administração petista dos últimos 13 anos a lição parece não ter sido aprendida nem no catecismo. Afinal estamos entrando em uma época delicada em que o governo Dilma anuncia um pacote nada popular, mas que não parece se importar com o amanhã, já que não estamos em ano de eleição.

Para equilibrar as finanças federais, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciaram mais um grande baque na população brasileira. Um pacote de “apertem os cintos o piloto sumiu” como nunca se viu na história deste país.

Algo dessa magnitude fez com que cada eleitor de Dilma mordesse a ponta da língua de maneira famigerada ou até canibal com o anuncio nada animador do pacote de medidas econômicas. Claro que muito dessas sandices fiscais e cortes até na veia populista de Lula e Cia devem passar pelo congresso, que já não anda muito feliz com o Palácio do Planalto. E ao contrario de Dilma, alguns parlamentares tem ambições ao executivo municipal de seus estados no ano que vem.

Se a intenção é superavitar os cofres do tesouro federal, a fórmula parece ser a mais drástica possível sobre o brasileiro, já que o contribuinte direto e indireto dos impostos será o maior financiador do ambicioso plano anunciado por Levy.

Seria até admissível que se o governo federal anunciasse um pacote impopular desse calibre para dizer a população: “-Olha, tem que ser assim por que se não for não teremos dinheiro para custear os serviços básicos, como educação, saúde e previdência social”, poderia se ter certa complacência.

Mas não é bem assim, pois a justificativa básica que veio junto com o pacote foi de que isso tudo seria para manter a capacidade do governo ter um superávit viável (aquele dinheirinho que se usa para pagar as dívidas do governo internamente) e manter o PIB nada glorioso de menos de 1%.

Como se já não bastasse a justificativa a grosso modo de rapelar o contribuinte para pagar dividas de quem gastou desenfreadamente. Os cortes impactam diretamente no serviço público já que reajuste para o funcionalismo em 2015 nem que vaca tussa! Isso também vale para o ingresso no serviço público, já que uma das medidas é suspender qualquer concurso nesse período.

Mas o drama não para por aí, já que não só os funcionários públicos vão ficar com o pires na mão. Estados e municípios também vão ter muita sudorese já que os cortes impactam no PAC; Minha Casa, Minha Vida; na saúde e nos subsídios à agricultura. Ou seja, é bom baixar a porta larga por que o brasileiro agora vai entrar na era do “se me dão”.

A pessoa física também terá surpresas quando for prestar contas com o leão, já que a proposta milagrosa que parece ter sido escrita com a mesma caneta de Cristina Kirchner com aval de Axel Kicillof, reajusta o IRPS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) que atualmente está com teto progressivo até 15% pode chegar até insustentáveis 18%. Parece pouco, mas é quase 1/5 do que uma pessoa recebe de rendimentos, faça as contas: de cada 30 dias trabalhados 6 você devolve só em impostos diretos retidos na fonte, fora os impostos indiretos sobre produtos de consumo e serviços.

Isso sem falar das tendências milagrosas de Dilma e Levy que num ato messiânico devem ressuscitar a CPMF (Contribuição Provisória sobre as Movimentações Financeiras) que era apelidado de ‘imposto sobre o cheque’ e tinha a finalidade de capitalizar a saúde, mas no final da quantas acabou servindo para engordar os cofres da união e proporcionar a gastança que levou a tudo isso que vemos hoje e agora volta para ratear a divida do governo federal entre todos os brasileiros.


Como o leite já está derramado, de nada adianta a equipe econômica tentar aprender alguma coisa com a história de José do Egito e as suas vacas magras e gordas. O jeito agora é Dilma por o véu de carpideira, colocar o evangelho debaixo do braço e torcer para que não estejamos vivendo o princípio do Apocalipse, já que as bestas (no sentido de otário mesmo!) estão soltas e prontas para contribuir com os impostos.

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