sábado, 12 de dezembro de 2015

O feijão e o sonho

Não, não!

Não pense que estou plagiando o título do romance de Orígenes Lessa, por que o feijão deste desabafo não tem nada de literário e quiçá predispõem-se a tentar salvar a ultima migalha de moral que o brasileiro ainda deve ter depois de entender por onde anda aquela piada que se diz muito no norte, “de fazer filho na mulher alheia”.

Acontece que em plena crise econômica, com uma safra de grãos meio que prejudicada, nesses tempos bicudos em que os subsídios à agricultura foram cortados quase que no talo do erário e as medidas protecionistas à agricultura e investimentos no setor de agronegócio meio que broxando a olhos vistos.

O Governo Federal resolve fazer mais uma daquelas “ações humanitárias” para tentar exportar a indústria da miséria para fora das fronteiras brasilianas. Como por exemplo, enviar 625 toneladas de feijão para... O Nordeste? Não, não meu amigo. Para Havana, para Cuba!

Esse mimo para Raul e a prole dos Castro, vai a título de ajuda humanitária, inclusive amparada por uma lei dos tempos do “nunca dantes na história deste pais...”

Mas, ajuda humanitária; deve-se perguntar o incauto leitor e contribuinte brasileiro que deve voltar a contribuir involuntariamente a partir de 2016 se as medidas de Dilma passarem no congresso: Ajuda humanitária por que?

Qual terremoto, tsunami, calamidade ou êxodo islâmico assolou a ilha caribenha de tal maneira que o governo brasileiro tenha que ser tão solícito na feijoada dos cubanos enquanto nossos índices de miséria não foram zerados e mais de sete milhões de brasileiros ainda não tem o que comer em uma refeição diária?

Esse é o Brasil da estrela, onde para se fazer um gesto se gasta mundos e fundos para parecer uma potencia mundial ou um líder de um bloco e tem-se atrás do balcão um cesto de roupa suja de petróleo ainda quente e mal resolvido para lavar.

Hão de me questionar, ah você se pega a picuinhas, é só um feijãozinho de nada! Mas vamos botar na ponta do lápis que a ilha dos Castro tem cada vez mais se tornado um departamento ultramarino do Brasil. Afinal construímos Mariel para os cubanos, demos-lhes um porto de primeiro mundo sendo que nem no Brasil temos igual.

Mas apesar dessa generosidade do governo Lula que nos custou R$ 1 bi ao BNDES e a fundo perdido, diga-se de passagem, (não precisa pagar de volta!). E então o que acontece? Os EUA param de fazer beicinho com Cuba, acaba o embargo comercial. Rússia e EUA voltam a fazer amor em terras cubanas e o Brasil pagou o motel em Mariel!

Esse é o nosso costume, pagar a conta para os outros, assim foi com Mariel, assim será com a feijoada que a CONAB está transferindo para Havana, e sem direito a frete grátis, já que o erário ainda vai pagar o frete de R$ 2,5 milhões pela doação caridosa aos nossos Hermanos de cuba.

Que sujeito radical, escuto os esquerdistas pensando, ou até mesmo pensando em me atirar uns bagos de feijão por mais essa malcriação em forma de artigo, que dizem eles, “incitam ao ódio, a intolerância”.

Mas aí eu adiciono ao vasto desabafo: O que é um feijão sem um arroz?

Pois bem meu leitor, isso também o governo brasileiro já providenciou, afinal 625 toneladas de feijão pedem um arrozinho nessa “ajuda humanitária”. Por isso A Conab também realizou três leilões de troca de arroz para atendimento à Cuba como se a migração da palestina estivesse rumando para lá e não para Turquia e Grécia.

Vão vendo, vão vendo... Quando o brasileiro se espantar, além da feijoada completa e o arrozinho quentinho, não se exaltem se o cubano não estiver comendo uma bela picanha maturada endossada por Roberto Carlos e Tony Ramos enquanto você aí eleitor de Dilma ainda está roendo os ossos...



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