Não,
não!
Não
pense que estou plagiando o título do romance de Orígenes Lessa, por que o
feijão deste desabafo não tem nada de literário e quiçá predispõem-se a tentar
salvar a ultima migalha de moral que o brasileiro ainda deve ter depois de
entender por onde anda aquela piada que se diz muito no norte, “de fazer filho
na mulher alheia”.
Acontece
que em plena crise econômica, com uma safra de grãos meio que prejudicada,
nesses tempos bicudos em que os subsídios à agricultura foram cortados quase
que no talo do erário e as medidas protecionistas à agricultura e investimentos
no setor de agronegócio meio que broxando a olhos vistos.
O
Governo Federal resolve fazer mais uma daquelas “ações humanitárias” para
tentar exportar a indústria da miséria para fora das fronteiras brasilianas.
Como por exemplo, enviar 625 toneladas de feijão para... O Nordeste? Não, não
meu amigo. Para Havana, para Cuba!
Esse
mimo para Raul e a prole dos Castro, vai a título de ajuda humanitária,
inclusive amparada por uma lei dos tempos do “nunca dantes na história deste
pais...”
Mas,
ajuda humanitária; deve-se perguntar o incauto leitor e contribuinte brasileiro
que deve voltar a contribuir involuntariamente a partir de 2016 se as medidas
de Dilma passarem no congresso: Ajuda humanitária por que?
Qual
terremoto, tsunami, calamidade ou êxodo islâmico assolou a ilha caribenha de
tal maneira que o governo brasileiro tenha que ser tão solícito na feijoada dos
cubanos enquanto nossos índices de miséria não foram zerados e mais de sete
milhões de brasileiros ainda não tem o que comer em uma refeição diária?
Esse
é o Brasil da estrela, onde para se fazer um gesto se gasta mundos e fundos
para parecer uma potencia mundial ou um líder de um bloco e tem-se atrás do
balcão um cesto de roupa suja de petróleo ainda quente e mal resolvido para
lavar.
Hão
de me questionar, ah você se pega a picuinhas, é só um feijãozinho de nada! Mas
vamos botar na ponta do lápis que a ilha dos Castro tem cada vez mais se
tornado um departamento ultramarino do Brasil. Afinal construímos Mariel para
os cubanos, demos-lhes um porto de primeiro mundo sendo que nem no Brasil temos
igual.
Mas
apesar dessa generosidade do governo Lula que nos custou R$ 1 bi ao BNDES e a
fundo perdido, diga-se de passagem, (não precisa pagar de volta!). E então o
que acontece? Os EUA param de fazer beicinho com Cuba, acaba o embargo
comercial. Rússia e EUA voltam a fazer amor em terras cubanas e o Brasil pagou
o motel em Mariel!
Esse
é o nosso costume, pagar a conta para os outros, assim foi com Mariel, assim
será com a feijoada que a CONAB está transferindo para Havana, e sem direito a
frete grátis, já que o erário ainda vai pagar o frete de R$ 2,5 milhões pela
doação caridosa aos nossos Hermanos de cuba.
Que
sujeito radical, escuto os esquerdistas pensando, ou até mesmo pensando em me
atirar uns bagos de feijão por mais essa malcriação em forma de artigo, que
dizem eles, “incitam ao ódio, a intolerância”.
Mas
aí eu adiciono ao vasto desabafo: O que é um feijão sem um arroz?
Pois
bem meu leitor, isso também o governo brasileiro já providenciou, afinal 625
toneladas de feijão pedem um arrozinho nessa “ajuda humanitária”. Por isso A
Conab também realizou três leilões de troca de arroz para atendimento à Cuba
como se a migração da palestina estivesse rumando para lá e não para Turquia e
Grécia.
Vão
vendo, vão vendo... Quando o brasileiro se espantar, além da feijoada completa
e o arrozinho quentinho, não se exaltem se o cubano não estiver comendo uma
bela picanha maturada endossada por Roberto Carlos e Tony Ramos enquanto você
aí eleitor de Dilma ainda está roendo os ossos...
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