segunda-feira, 7 de junho de 2010

Depois de um longo e tenebroso inverno...


Já faz um bom tempo que não venho aqui. A alegria estava trancada num quartinho de bagunças, o sol que sempre brilha no meu céu que há de ser sempre azul havia desbotado um pouco, um sol de uma cor opaca num céu um tanto sem cor. Não que as coisas tenham exatamente mudado, agora que retorno. Mas é preciso, de alguma forma, me libertar. Chego a pensar que perdi a chave do quartinho, e que se secaram todos os meus pincéis… Tudo parece inverno. Um tenebroso e longo inverno.
Não se pode caminhar se suas pernas estão amarradas. E então, a saída única é pular da cama, encarar os medos ou fingir que não os tem. Tanto maior a altura de onde se pula, tanto maior a chance de arrebentar as cordas, na queda, o que, apesar da dor que causa, revela-se libertador.

Se por determinado caminho não se pode caminhar, que se voe, então. As distâncias mais longas também têm um porto onde se pode ancorar. O que não há é justo motivo para a inércia…

Retorno lenta e gradativamente, porque a vida não exige, necessariamente, rapidez e brevidade; exige que se viva, e vida em abundância, o que denota intensidade.
Cheguei, sou o verão que adoça a vida e aquece a alma! 

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