Bem amigos do colunista, é chegada a hora de dar uma de teletubie e dar tchau, estou me despedindo da coluna deste jornal que me acolheu com uma docilidade materna. Mas a mangueirosa se despede de mim também, a estada em Belém está acabada e outras paragens esperam a minha contribuição tão útil como a do macaco Simão.
Mas como fruto desta última tiragem de domingo, vamos falar da espera, algo tão desagradável quanto à ansiedade que a acompanha.
A espera praticamente está em tudo em nossas vidas, esperamos ansiosamente a hora daquela garota gostosa querer passar uma noite conosco, esperamos na fila da farmácia por um pacote de preservativos ou Viagra (não é meu caso ainda), esperamos a ereção chegar (que também não é meu caso), esperamos na porta do laboratório em pânico o resultado do Beta HCG, esperamos nove meses para uma vida inteira de responsabilidades, esperamos na fila do banco, na fila do almoço, na fila dos engarrafamentos da vida, esperamos a morte, esperamos no aeroporto o overbooking passar, esperamos o filme no cinema começar, esperamos rapidinho o dinheiro acabar, esperamos uma eternidade o salário retornar. Esperamos diariamente o sol chegar e se por, o sono vir e ir. Eu só fico magoado em esperar o que parece que nunca chega, uma salvação que nunca vem, esperamos a vida, esperamos a morte, esperamos o bonde, o carro, o taxi, o trem. Ói o trem, vem chegando de trás das montanhas...
É Raul (que não Castro), acho que temos que estar sempre nessa vidinha comezinha de esperar.
Bom, DAMM me aguarde que estou chegando.
Nota. "O clima de já vou embora é mesmo para te dar a sensação de partida"
Beijos mangueirosa, saudades do teu cheiro de tucupi.
Que papo é esse de BH ? humm..
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