terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Show de milhões...

Quando se fala em orçamento público é claro que se orça em cima de grandes valores. Em Estados como o de São Paulo, se fala em orçamentos vultuosos com destinação aos pontos chave da administração pública, como saúde e educação e até mesmo para as emendas parlamentares ao orçamento. Falando em orçamento nacional, também se destina percentuais de grande monta, afinal se arrecadou só com impostos este finalzinho de 2011: 1,4 trilhões e aumentou em 8,6 milhões só enquanto eu escrevo este artigo.
Embora a destinação não seja ainda feita na integralidade devido a corrupção que vaza 1,8 a cada 10 R$ sabemos que as arrecadações influem diretamente nos repasses. Já até falei disso anteriormente sobre a distribuição dos repasses em percentuais ao invés de valores fechados.
Mas o que me espanta é que nas discussões sobre o orçamento os valores polemizados não são os repasses minguados à saúde ou da educação, ou até mesmo as gordas verbas destinadas à comunicação e a cultura para que o pão e circo não pare. E até mesmo os absurdos repasses para as despesas do palácio e da residencia.
Mas não se discute nem o que foi usado nesses setores, valores altos ou baixos pela importância do setor. Nem mesmo se falou do choque previdenciário que virá, com o déficit da previdência estadual que além de arrecadar uma contribuição maior que a do INSS ainda assim tem um rombo considerável para que os novos servidores empossados na administração atual passem a se preocupar como futuro.
No entanto a politica comezinha se volta para o embate entre executivo e legislativo. Não se deixa de ter razão, afinal as discrepâncias são tantas que as vezes até assustam. Ontem mesmo o prefeito de Santana Antônio Nogueira ficou admirado quando disse a ele que teria 8 milhões por mês de repasse, para um município com pouco mais de cem mil habitantes, enquanto que a ALAP teria 14 milhões por mês para dividir entre suas ações pouco esclarecidas.
Mas no show de milhões ainda admira os gastos pessoais do governador, tanto na residencia quanto no palácio, mais milhões. O suficiente até para erguer uma nova residencia se fosse sucumbir aos delírios da família real.
Explicar como se faz uma festa que mobiliza 37 mil em despesas para inaugurar uma obra de 265 mil, no mínimo seria bom se as despesas com locação de veículos pelo palácio fossem adicionadas à obra, Macapá teria mais um bondinho. Mas não vamos falar de trocados, afinal bondinho de um quarto de milhão não é milhão.
Mas empregar 14 milhões em eventos durante um ano, foi a magia que José Miguel conseguiu fazer na SECULT, mesmo sem carnaval, sem eventos de grande porte, a não ser a expofeira que abiscoitou metade desse orçamento e ainda não se viu o resultado esperado. A não ser as varias incursões em eventos que parecem nunca ter acontecido pois ninguém sabe quando e onde foram. Perguntem a "Nego de nós".
A SECOM também poderia ter uma explicação para os mais de 15 milhões que utilizou em comunicação, que a este preço mais parece custear uma transmissão para marte. Mas entre placas escritas em português errado e programas de radio e TV bancados como o dinheiro público com intuito de tecer loas ao governo se torrou os milhões.
Triste o que acontece na secretaria de politicas publicas para as mulheres, onde Lucenira Pimentel tem um orçamento de 15 mil (é mil mesmo) e nem consegue comprar uma porta de blindex para sua secretaria. Enquanto só em flores o palácio se gastou mais que o orçamento de uma secretaria de estado.
Obras; obras mesmo só as que já existiam, emendas milionárias são anunciadas pela bancada em Brasília, mas já bati nessa tecla que não adianta abiscoitar uma gorda emenda para obras publicas sem duas coisas importantíssimas: "Contrapartida" e "Projeto". Dinheiro parece ter. já projeto... Mas a propaganda vai para os meios de comunicação como se o dinheiro já estivesse nos cofres.
Turismo mesmo, sem comentários. Helena Colares queria aproveitar o clima em Gramado e o fez. Acredito que essa deva ter sido a mais ousada incursão no turismo, até por que o trade é fruto da criação da professora Barral.
As pessoas me questionam por que não critico Waldez e sua equipe mesmo eu não sendo pedetista. Na verdade Waldez não dá ibope a não ser que ele resolva colocar um poledance na praça e dançar nele. O tempo de Waldez e de seu governo já passou. Houve o que houve? Desvios, papuda, mãos limpas, ficha suja, boi barrica. Que a Policia Federal resolva, que a justiça resolva isso! Mas as atualidades que ainda, digo AINDA, não estão caracterizadas como crime, estas sim tem que ser reverberadas às ondas longas para que a população acorde e veja para que não aconteça atualmente o que aconteceu nos governos passados quando a mesma população revoltada e indignada hoje, fechou seus olhos e distraída, assim como a pátria mãe da "Banda" foi subtraída enquanto a população aplaudia com credulidade e sem nenhuma malicia sobre o que acontece e o que pensa quem está com a caneta nas mãos.
Como se já não bastasse, agora que se descobre que o Amapá já não é tão preservado assim, o talão de cheques já fala em comprar avião não tripulado para vigilância do desmatamento. Item proibitivo para quem está sem o básico do básico no pronto socorro. Não falo mais em orçamento!

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