Ao fazer uma análise sobre 2011, vemos que este foi um ano ímpar, pelo que aconteceu no Brasil e no exterior. Vários foram os acontecimentos que marcaram o ano que se despede daqui a pouco, mas não vamos nos prender a todos os fatos, existem programas especializados para isso nesta época do ano.
Mas o alerta para os desafios e ameaças de 2012 tem que ser propagado com o aprendizado do ano que se vai. 2011 entrará para a história do mundo árabe, por exemplo, onde regimes autoritários e longevos terminaram em países como o Egito, o Iêmen, a Tunísia e a Líbia - que enfrentaram a onda de protestos conhecida como Primavera Árabe.
O evento ímpar do que aconteceu nos países árabes pode levar ao florescimento de democracias onde não há democracia ou se pelo menos há, é tão hipócrita quanto a ausência dela. Mas também pode levar a regimes teocráticos, com características autoritárias, impondo religião, costumes, hábitos, crenças a todos, sem respeito às minorias.
A consolidação de países emergentes como economias florescentes tem que ser destacada, já que em plena crise europeia, estes países tem conseguido contornar as ondas do mercado financeiro. Mas, com péssimos indicadores sociais. Além disso, não esqueçamos eventos como o desastre na cidade japonesa de Fukushima, que ainda não está completamente restaurada, mas muito já se fez depois do desastre.
O ano apontou para uma recessão na economia brasileira, cujo crescimento, em sua análise, não deve ultrapassar 3%, com inflação acima dos limites toleráveis. Os retrocessos na infraestrutura e na educação de base nos cabe um alerta: o Brasil precisa ultrapassar uma nova fronteira.
O ultimo que conduziu o Brasil a uma nova fronteira foi Juscelino Kubitschek, quando nos transformou, de uma economia agrária, de uma sociedade rural em uma sociedade urbana, em uma economia industrial. De lá para cá, apenas pequenos ajustes foram feitos. Na esfera estadual, também muitos Estados, como o próprio Amapá, precisam que seu timoneiro cruze esta fronteira e tire o estado de uma economia de contracheque e o setor primário deixe de ser um sonho desenvolvimentista.
2011 começou com uma mulher assumindo a presidência, mas também nunca vimos uma quantidade tão grande de ministros sendo obrigada a renunciar. Um deles, por coisas que disse; os outros seis, por denúncias que receberam. Também nunca se viu uma imprensa com tanto poder para fazer denúncias, comprová-las ao máximo e, em função disso, o governo ser obrigado a mudar os seus ministros.
Contudo, lamentamos que a "faxina" dos ministros tenha sido "induzida de fora para dentro". Quando na verdade o papel da imprensa teria de ser informativo, mas partindo da indignação, o governo se viu pressionado a fazê-lo. O governo não teve a competência ou não teve o discernimento, o que é mais grave, de fazer a faxina a partir de constatações.
Muitos foram os eventos que formaram o cancioneiro do ano que se acaba. A política, a saúde, a economia, a imprensa. Todas as mudanças que aconteceram em 2011, positivas ou negativas, de alguma forma serviram de aprendizado. Vamos torcer para que 2012 seja mais promissor em estabilidade, em harmonia (não, não, isso ficou pejorativo!). Na verdade de mudança (opa! Isso também não está bom). Certo, vamos parodiar Cacá Diegues, é mais produtivo neste momento... Dias melhores virão!
FELIZ 2012!
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