quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Who you gonna call?

Criada em 1999 para gerir o sistema previdenciário do funcionalismo público de aposentados, pensionistas e inativos do Estado do Amapá em um momento de estruturação pós-criação do Estado; a Amapá Previdência – AMPREV passou por diversas gestões, mas assim como o seu similar nacional o INSS também sofre com o déficit de contribuição, que a cada ano diminui, gerando desequilíbrio entre arrecadação e repasse. E fartos rendimentos pagos aos primeiros servidores com gordas contribuições previdenciárias e os atuais, com arrecadação significativamente mais baixa.

No começo da tarde de ontem, uma dúvida ameaça por em cheque as contas da AMPREV. Em uma denuncia feita em um programa patrocinado pela oposição ao governo. Sabe-se em término do segundo mandato, João Capiberibe deixou duas heranças ingratas para Dalva Figueiredo administrar; uma greve interminável de professores que brigavam desde que o ex-governador rasgou o estatuto do magistério e um rombo de um 1,38 bilhões na AMPREV.

Talvez hoje os pequenos déficits registrados no site da transparência, mostrando um enxugamento quase que milagroso em dez anos após o prejuízo não sejam tão redondos assim como as prestações de conta que Elcio Ferreira tem apresentado.

As denuncias do presidente da Federação dos Servidores do Estado - Marlúcio Souza. Vieram adicionar mais um tempero na guerra que tem assolado a politica local. Sabe-se que o senador João Capiberibe declarou Guerra a Moisés Sousa , presidente da ALAP. Pode ser que este seja apenas mais munição a ser queimada neste período pré-eleitoral que antecede a guerrilha na corrida ao Palácio Laurindo Banha.

Mas o certo por enquanto é que os sete volumes que Marlúcio apresentou ao vivo, na emissora do ex-senador Gilvam Borges, podem ser um engodo ou não, basta que o Ministério Público Federal, de preferencia, adote os volumes para averiguação de seu conteúdo.

Caso seja realmente comprovado que o ex-governador João Capiberibe em sua gestão adquiriu através do IPEAP, um terreno na Duca Serra, próximo ao Cabralzinho, do empresário Roberto Rodrigues, da Dabel distribuidora, pelo valor acima do mercado para a época que era de trezentos mil reais, por um milhão trezentos e oitenta mil reais. O senador que enaltece a lei de sua autoria, apelidada de lei da transparência, terá muito que explicar a seus eleitores.

Em valores atualizados o terreno hoje está avaliado em 18 milhões, mas foi adquirido sem licitação, o que tira toda a legalidade da operação. Segundo Marlúcio, que na época trabalhava na empresa de Roberto Rodrigues, a venda foi feita afim de que se fizesse caixa da campanha de Capiberibe com dinheiro público.

Ficam as perguntas no ar; Será que a história realmente procede? Terá sido esta entrevista uma bucha de canhão para contra-atacar as acusações do senador João Capiberibe à ALAP? E se realmente a verdade estiver com Marlúcio, por que depois de mais de uma década estas denuncias repousaram em algum armário? A espera de que?

Vamos aguardar o que vem por ai, quem sabe a verdade mostre seu lado oculto ou pelo menos pare de repousar em caixas, armários e gavetas com fins de especulação eleitoreira. Que se exorcizem então estes demônios e fantasmas. 

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