sábado, 4 de fevereiro de 2012

Entrevista da semana – Thiago Balieiro

Amapaense, com 21 anos apenas, mora em São Paulo há certo tempo, faz parte do mais cobiçados grupo de RH do país a Catho Online. Consultor meteórico alçou a arte de educar executivos em três estados do País. Com uma combinação curricular poderosa, apesar da pouca idade carrega já uma experiência vasta e umas opiniões fortes, sempre bem humoradas. 

Vai estar em Macapá em março junto com os “papas” do T&D para um workshop que não deixa ninguém do ramo de fora. Com os cabelos desgrenhados dentro de seu canto recém-inaugurado em São Paulo, surgiu esta descontraída entrevista com um sujeito que é atualmente um dos profissionais mais cotados do cenário Coaching Brasil.




Coisas da Vida: Você tem 21 anos, já escreveu um livro, já plantou uma árvore e hoje tem uma carreira promissora... Muita coisa para sua idade, não?
Thiago: Todo mundo se assusta com a minha idade. Mas, ao contrário do que pensam, não fui precoce, não deixei de aprontar na adolescência, fiz um monte de maluquices – aliás, ainda faço. Só que nunca me dei ao luxo de pensar na carreira só depois. Pra mim, carreira sempre foi uma prioridade. Aí então comecei o meu processo…

Coisas da Vida: Que processo? Foi quando você descobriu o Coaching?
Thiago: Processo de desenvolvimento profissional. Começou quando eu escolhi a faculdade, depois tomou proporções imensamente maiores quando eu conheci o coaching com a Sheila Trícia, minha ex-professora e primeira Coach. Descobri que eu queria trabalhar com treinamento, decidi vir pra São Paulo e aí, investi pesado em conhecer pessoas, me conectar com gente que tinha mais experiência do que eu. Ouvir, ver e sentir o que essa gente tinha de conselhos para me dar… Segui bons conselhos e fui me desenvolvendo, estudando, aprendendo e cá estou.

Coisas da Vida: Quem são essas pessoas? O que elas te disseram?
Thiago: Ah, mas é um monte de gente. Tive sempre a sorte de ter gente muito poderosa ao meu redor. Minha mãe, a maior Coach de todas; entusiasta do meu sucesso incondicionalmente. Aí vieram Geni Frota, Sheila Trícia, Beth Gonçalves, Arline Davis, ih, uma galera. Disseram-me suas experiências, me alertaram sobre as realidades do mercado, e aí me indicaram livros, me apresentaram outras pessoas, etc.

Coisas da Vida: Um dia você falou que andava com medo de alguns Coaches por aí e que não queria mais ser chamado de Coach. Por quê?
Thiago: Tem gente vendendo coaching e PNL como a saída dos problemas do mundo amém. Não é assim, todo mundo sabe. Esse papo de autoajuda, de libertação dos problemas, mais parece propaganda da Igreja Universal. Nada contra, mas não combina comigo. Trabalho com consultoria de desenvolvimento humano, treinamento ou atendimento, no intuito de municiar as pessoas dos recursos que elas possuem pra resolver melhor seus problemas – não prometo acabar com eles. Quanto mais recursos a gente reconhece que tem, mais fácil a gente vai pra frente, em direção aos nossos planos. É nisso que eu acredito.

Coisas da Vida: E não quer ser chamado de Coach?
Thiago: Se coaching é isso que esse povo está vendendo, de ganhar R$ 2 mil reais por hora, de ser imbatível, inabalável e invencível, não, não quero. Chama-me de consultor, até porque coaching por coaching não adianta nada. Tem que ser preenchido com a experiência do Coach, com a bagagem do cara, há as formações complementares, há a vivência, tudo isso faz diferença e eu não faço coaching puro. Misturo meu conhecimento de treinamento, de pratictioner em PNL, de administrador, de um monte de outras coisas, pra aí então a salada ficar boa.

Coisas da Vida: Você sempre disse que sua paixão é mesmo a sala de aula…
Thiago: Sempre. Palestra eu curto, consultoria eu adoro, mas nada me dá mais excitação do que a sala de aula. Falar para as pessoas, ouvi-las, compartilhar vivências, presenciar os insights, tudo isso é muito lindo, é muito rico. Faz a gente evoluir como pessoa, como treinador. Depois de chegar a São Paulo e conhecer as pessoas que eu conheci, percebi que tenho ainda muito pra melhorar e tenho feito meus movimentos pra aprimorar a cada dia a minha técnica de sala de aula.

Coisas da Vida: E o que você tem feito pra aprimorar?
Thiago: Praticado, praticado e praticado, porque na Catho a gente ou está em sala de aula o tempo inteiro ou a gente tá trocando experiência com quem tá na sala. Temos uma grande equipe que se dá feedback o tempo inteiro, se avalia, se dá conselho, se ajuda, se elogia. A gente troca muito e isso é evoluir. Também tenho lido coisas novas. Estou estudando com carinho a literatura da Fela Moscovici e suas sábias considerações acerca do treinamento em grupo. Vou vendo como vou encaixar o Psicodrama e a Gestalt Terapia de Alto Impacto nas minhas atividades… Ah, pra quem pensa muito como eu, é difícil não estar lendo três, quatro livros ao mesmo tempo.

Coisas da Vida: O que você diz pra todo mundo que quer entrar no mercado de T&D?
Thiago: Entrem. Tem muita gente ruim, tem muita gente fazendo barbeiragem, maluquice, macaquice. Formem-se, sejam diferentes e façam bem feito. Tem lugar pra todo mundo que está afim de fazer um bom trabalho, bem embasado, bem estruturado, sabe? E pensem que por trás de tudo há uma matriz de crenças e valores que permitem e motivam nossas ações. Tenham claramente o motivo de estarem entrando nesse mercado, porque se for só fama e grana, não houver paixão, tesão, melhor pensar em outra coisa.


"Tem gente vendendo coaching e PNL como a saída dos problemas do mundo amém. Não é assim, todo mundo sabe. Esse papo de autoajuda, de libertação dos problemas, mais parece propaganda da Igreja Universal."




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Entrevista concedida em 03/02/2011

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