quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

As formiguinhas começam a voar com as chuvas

Contrariando a máxima de que não se consegue empreitar nenhuma obra pública em período chuvoso. O que tem deixado no minimo a opinião pública de olhos abertos é esta vasta gama de movimentação por parte dos poderes em apresentar resultados que sejam visíveis à população.

Por parte do Governo do Estado e da Prefeitura de Macapá e também dos demais municípios do Estado. Como formiguinhas invernosas, mostra claramente o cunho eleitoreiro das medidas. A guerra por exposição vem em uma hora em que os pré-candidatos já declarados, como o próprio prefeito tenham a necessidade de manter a visibilidade. O que alguns pré-candidatos ainda enrustidos, ou caminhem por uma via perigosa, como a deputada Cristina Almeida que tem buscado ibope nas assistências erradas ou os pré-candidatos que ainda nem sabem que o são e que ainda esperam o carnaval passar para poder subir no trem da alegria.

Por ora na profusão de obras prometidas, as mais expressivas como o hospital metropolitano, o shopping popular e o canal da Mendonça Junior, ainda continuam sem solução e fatalmente não devem ser mencionados nesta festa de micro-obras e inaugurações-relâmpago, como as que o governador promoveu em dezembro para pelo menos dar alguma expressão ao seu embaçado primeiro ano de gestão miraculosa.

Mas como nem só de obras públicas se faz um bom marketing eleitoral, alguns políticos tem levado "a sério" as politicas públicas e feito verdadeiras cruzadas de sol a sol ou de chuva a chuva melhor dizendo, e nem guardando o sétimo dia, tem se empenhado em mostrar ações de suposto peso milagroso imediato, que todos sabemos, se não cultivados no pós-eleições, podem acabar nem germinando.

O caso da delegação italiana que esteve em Macapá, fazendo sua auto-análise de viabilidade de parceria econômica, mas se não bem costurado, não passa de palavras vazias, como as do Consul da Bélgica que esteve por aqui no ano passado, bateu muitas fotos com personalidades regionais, mas quando a firula passou, voltou para Bruxelas e ninguém mais o procurou para saber o futuro das intenções proclamadas.

De estrangeiros em estrangeiros, uma delegação de cubanos aportou na capital, também com intuito de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia, saúde e educação. Uma coisa é certa, se a parceria também incluir os modelos de gestão aplicados em Havana, provavelmente a família Castro deva fazer um intercambio com a família Capiberibe para um upgrade neste nicho administrativo em que as duas famílias "socialistas" se entendem divinamente bem.

Ainda aguardamos o que a Prefeitura de Macapá pode fazer para entrar na dança das obras públicas, já que diferente do Governo do Estado, onde segundo o gestor correm rios de dinheiro sob uma impecável gestão. Mas que por enquanto segundo o gestor municipal, nada deste fabuloso tesouro pingou nos cofres municipais via repasses de arrecadação, que parece ter sido estagnado propositadamente com intuito de fazer com que a fala na PMM seja a  que falta dinheiro e gestão.

Nas outras cidades amapaenses, a festa tem sido prometida em grande parte pela prefeita Euricélia Cardoso que listou para o segundo semestre uma  lista de inaugurações de obras que trazem benefícios para Laranjal do Jari.

O mesmo caroço de tucumã, tem ruído o prefeito de Santana, Antônio Nogueira, que contando com o festejado repasse anunciado em palanque e balões no ano passado, ainda espera os R$ 10 milhões, dos quais apenas 5% apareceram na cidade, sendo que Nogueira contava com o vultuoso repasse para concluir suas principais obras na certeza de produzir com isso seu sucessor.

Vou colocar minhas barbas de molho por enquanto na água das chuvas, e aguardar para ver se as obras de fato, como o aeroporto, o estádio zerão, a ampliação do do hospital de emergências, o término da pavimentação da BR 156, as estruturas de apoio à ponte binacional no Oiapoque. Obras estas sim que tem uma expressão não só eleitoreira, mas que também, são capazes de fomentar o turismo o desenvolvimento e a infra-estrutura necessária ao Estado do Amapá.

Por enquanto as crianças brincam de fazer política e movem suas ações e empenham esforços para penduricalhos pós-desenvolvimento, como jogos e brincadeiras, internet veloz para propiciar chats animados e bondinhos que só levam o Amapá para o fim da linha: o fundo do rio Amazonas...

Um comentário:

  1. Ei, Charles! É o Miguel Gil! Texto muito apropriado para evidenciar que é possível trabalhar, mesmos em período de chuvas; é apropriado também por evidenciar a grande falta de compromisso de nossos gestores com as reais necessidades do Amapá e de seu povo em curto, médio e longo prazos. Ou seja, fica um grande ilusionismo de trabalho que tenta mostrar que este é um presente e não uma obrigação do gestor público.
    Abraço e até a próxima!

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