segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Quando não se sabe jogar, guarda-se a bola...

Em meio aos acontecimentos do dia, alguns rompantes meio descabidos foram alvo de comentários da população em geral, pelo menos aquela que tem uma leve noção da realidade que os cerca. O que significa a maioria da população amapaense que respira politica.

O que amanheceu como um festejo e muitos folguedos pelo aniversário de Mazagão, uma batalha real se mostrou. Mas não entre mouros e cristãos. Mas sim em equipe, já que parece que nosso cabo de guerra deixou de ter três pontas e cada vez mais um dos lados enfraquece e o outro ganha reforço.

Moises Sousa, como bom articulador de pavio moderado, tem se mostrado um aprendiz de jogador muito aplicado, apesar de seu temperamento que às vezes perde as temperas, resolveu articular aquele momento do “pega na mão e pede desculpas” entre o governador Camilo Capiberibe e o prefeito Roberto Góes.

Mas com a calmaria de Gilvam e seu governo paralelo, foi prudente não afrontar o Governo do Estado com um convite ao ex-senador, já que os ânimos já estão inflados demais nesses dias que ainda distam muito das eleições municipais. Mas na verdade teria sido até uma atitude embora contraproducente, talvez até útil para fechar o espaço deixando pela total ausência de qualquer representante da administração estadual.

Alguns até tentaram remediar a ausência completa, pela presença senão incomum, ou comum da deputada Cristina Almeida que parece não ter seguido a dica de seu colega de bancada o deputado Agnaldo Balieiro que não compareceu para dar apoio à Cristina que posou de ovelha do sacrifício às justificativas de defender a ausência de seu grupo politico.

É bem verdade que a politica do governador Camilo Capiberibe tem se mostrado de um improviso digno do teatro de revistas para lidar com as adversidades políticas pelas quais não parece estar preparado ou pelo menos as orientações de quem lhe devia dar experiência tem mais atropelado as coisas e dado uma série de tiros colaterais e fogo amigo do que resultados em si. Alguns preferem apostar em uma vaidade como eu antes acreditava ser, afinal os brios de um homem às vezes excedem sua razão, mas já mudei de opinião quando ouvi as palavras do jovem governador a tentar remendar ações inconsequentes tomadas sabe-se lá por quem durante suas férias.

A ausência de pelo menos um representante que fosse, nem mesmo da vice governadora transparente Doralice Nascimento, que naquele horário atendia a delegação de uma escola de samba local. Durante a audiência pública promovida pela ALAP, vem só ressaltar que o desinteresse em estabelecer políticas de boa vizinhança com a administração municipal e o legislativo estadual, por parte do governador, e a grande gana de manter um governo sací, ou seja apoiado em uma só perna, pois a muleta que de vez em quando periga sair, dentro em breve deve deixar o apoio ao PSB que possivelmente contar apenas com militantes desvairados e políticos de uma mesma base partidária, o que já se sabe de longa data, não só os cientistas políticos como os políticos em si, é freio de mão puxado no tempo regulamentar de mandato.

Moisés continua dando tiros certeiros, e na marginal, Gilvam continua fazendo seu jogo e queimando lenha molhada para o governo ter lágrimas nos olhos. Por enquanto o prefeito tem tentado sair do marasmo de sua administração, mesmo com as torneiras dos repasses de tributos municipais fechadas à chave inglesa pelo Governo do Estado.

Tempo não há mais para estabelecer um novo código tributário municipal para substituir o jurássico existente, o que gaseificaria os cofres da prefeitura. Quem sabe a oxigenação da gestão de Roberto Góes não incorra nos modelos de experimentação.

Coisa que madame presidente Dilma pode se dar ao luxo, pois tem acertado nas sua reforma ministerial ao colocar técnicos frios mas que entendem do mètier nos pontos chave. Mas ela está só no começo de mandato e esse é um luxo que não lhe custa caro, já que está com um índice de aprovação histórico. Já a reforma do secretariado de Camilo, podemos dizer que são fruto da natureza que levou Jacinta Carvalho à cova, um concurso público muito mais atrativo e estável levou o procurador geral Marcio Figueira para as terras papa chibé. E uma propina não transparente levou Mirian Correa para a terra do nunca.  O resto é bravata...

Um comentário:

  1. É o Miguel Gil! Gostei do texto! Acho que projeta um cenário muito possível, descreve um pouco da personalidade de alguns atores. E o mais interessante, é o tom de consultoria prestada ao jovem governador. Parabéns pelo texto. Abraço e até a próxima.

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